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				Prezado
              Amigo,
              
               
				 
              
               
				Você
              que me honrou com seu voto nas duas últimas legislaturas à Câmara
              dos Vereadores, é por certo, credor de minha manifestação a
              respeito de meu silêncio com relação a candidatura a cargos
              eletivos nas eleições que ora é disputada.  
				
              
               
				As
              razões são de ordem pessoal, ligadas aos  acontecimentos
              políticos partidários que se  apresentam, onde partidos de
              ideologias e filosofias diferentes, misturam-se para alcançar o
              poder a qualquer preço, até certo ponto, politicamente é compreensível.   
				O
              amigo sabe que me enquadro em outras  diretrizes políticas;
              aprendi a coerência política quando ainda jovem aos 31 anos
              entrei na vida pública a convite do Governador Laudo Natel, homem
              probo, para exercer o cargo de Secretário do Planejamento quando,
              sob sua orientação, realizamos o mapeamento dos meios de produção
              agrícola,  agropecuária e diversificação de áreas
              de  implementação industrial, dividindo o Estado em doze
              regiões econômicas. Tal iniciativa, é a responsável pelo
              extraordinário surto de desenvolvimento e progresso da economia
              do Estado de São Paulo.  
              
               
				Logo
              depois fui escolhido para substituir o  engenheiro José de
              Figueiredo Ferraz na Prefeitura  da Capital com aprovação
              unânime na Assembléia Legislativa.  
              
               
				Com
              33 anos, administrava o terceiro orçamento do País, era
              executivo da quarta cidade do mundo com mais de 9 milhões de
              habitantes. O povo sabe que passei a Prefeitura ao meu sucessor
              Olavo Setúbal sem nenhum deslize de improbidade administrativa e
              com saldo orçamentário positivo. 
              
                 
				Em
              seguida fui convidado a ocupar o cargo de Assessor Econômico da
              Presidência da República no Governo Geisel e após, Presidente
              da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) ocasião em que
              promovemos o turismo em todo território nacional, principalmente
              no Norte e Nordeste, Centro Oeste e Sul, dinamizando o turismo
              interno, hoje inesgotável fonte de renda e de empregos. Ao mesmo
              tempo estimulando o turismo do Exterior para dentro do Brasil,
              gerador de recursos que ajudaram a pagar a 
              
               
				dívida
              externa.    
				Você,
              e outros cidadãos paulistanos confiantes na minha ação
              empreendedora, elegeram-me Vereador em 1992 e meus pares
              conduziram-me pelo voto a Presidência da Câmara.  | 
				 
				Na
              segunda legislatura, também eleito Presidente da Câmara
              Municipal, administrei os negócios da Câmara com sobriedade e
              equilíbrio político e ao fim desse mandato, para minha surpresa,
              passei a ser alvo de pressão política da oposição radical, por
              ocasião de minha atuação como Presidente eleito para julgar 
              
               
				“impeachment”
              do Prefeito de São Paulo, com base em pedido de empresa privada
              reclamando pagamento de precatório.  
              
               
				Baseado
              no parecer da Assessoria Jurídica da Presidência da Câmara e
              aprofundados estudos técnicos jurídicos levantados pelos membros
              dessa Comissão, foi rejeitado o processamento do referido
              “impeachment”.  
              
               
				Tal
              decisão revestida de magna importância para o destino dos negócios
              da municipalidade não foi compreendida pela oposição, pois não
              se tratava de defender a pessoa física do Prefeito e sim toda a
              Instituição Municipal. O processo em termos de legislação
              municipal vigente e avaliação jurídica não comportava outra
              atitude. Tive a coragem política de assegurar o prestígio da Câmara
              Municipal, protegendo-a como Instituição, diante da ação
              avassaladora e radical da oposição. 
				 
              
               
				Mediante
              tais esclarecimentos sobre os  acontecimentos ocorridos
              durante no ano 1999, resolvi não me candidatar nesta eleição de
              2002 e dar mais tempo para você julgar serena e objetivamente
              minha conduta como homem público.    
				Conto
              com seu apoio e  
				receba
              meu abraço cordial,    
				MIGUEL
              COLASUONNO
              
              
               
				Agosto/2002   |